CARROS ELÉTRICOS – BYD estreia na liderança
Responsável por colocar carros elétricos em outro nível de atratividade no Brasil, a BYD se tornou, com larga margem, a marca mais forte de um segmento que ainda não havia sido pesquisado na Top SP.
Quando um bate-papo informal entre amigos se envereda a discutir carros, é difícil que o assunto “carro elétrico” fique de fora. Assim como quando o assunto se envereda para os modelos elétricos, é muito difícil que a marca BYD fique de fora.
Tal nível repercussão conseguido pela marca chinesa acaba de ser devidamente mensurada dentro da Top SP 2024, que pesquisou a lembrança espontânea de carros elétricos com respondentes de todo estado de São Paulo. Nada menos que 34,4% dos entrevistados mencionaram a BYD – sigla para Build Your Dreams, “construa seus sonhos” em uma tradução livre.
Com um forte trabalho de comunicação e preços atrativos, a BYD ganhou público, ganhou repercussão midiática e foi a maior responsável por trazer a pauta dos carros elétricos para o dia-a-dia, sobretudo entre os entusiastas do automóvel a discutir (longamente) os prós e contras do uso do carro elétrico nas ruas brasileiras.
A Tesla aparece como vice-líder da pesquisa, com 12,1%. A lembrar que a fabricante americana não possui representação oficial no Brasil. Quem quiser um modelo da marca do bilionário Elon Musk, deve fazê-lo via importação independente.
O terceiro lugar, com 3,4% das menções, é de empate entre duas marcas tradicionais, porém em situações bastante distintas. A sueca Volvo, que pertence à chinesa Geely, mergulhou na eletrificação e só tem híbridos e elétricos à venda no Brasil, em modelos Crossovers e SUVs.
Já a Toyota, pioneira dos híbridos com o modelo Prius, aposta suas fichas nessa configuração e mantém no Brasil versões do Corolla sedã e Corolla Cross (SUV) com esta opção de motorização.
Em seguida foram citadas as marcas Chevrolet (1,5%), que comercializa o elétrico Bolt e acaba de anunciar a versão elétrica da Blazer; a chinesa Haval (1%) que tem uma linha formada por elétricos e híbridos; e a Fiat (1%), que atualmente só tem o compacto Fiat 500E como opção elétrica, ainda que tenha anunciado investimentos futuros para carros híbridos.
Outras respostas representam 6,5% e 36,8% do entrevistados não lembraram de nenhuma marca.
A atual linha de automóveis da BYD é composta pelos hatches Dolphin Mini, Dolphin [destaque de capa] e Dolphin Plus; o sedã esportivo Seal; os SUVs Song Plus e Yuan Plus; e alinha de “grandes” com o sedã Han e o SUV Tan – estes dois, os primeiros a aparecerem no país.
A eles se junta o novo sedã médio King, lançado em junho e que, a exemplo do Song, é híbrido plug-in, recarregado na tomada.
A BYD opera três fábricas no país. Uma para montagem de ônibus 100% elétricos e outra para a produção de módulos fotovoltaicos, ambas em Campinas, e uma outra em Manaus (AM), dedicada à produção de baterias.
A partir de 2025, Dolphin, Yuan e Song devem começar a ser fabricados no Brasil em Camaçari (BA), local que antes pertencia à Ford e foi todo atualizado.
A BYD foi fundada em 1995 na China, como uma fábrica de baterias. Em pouco tempo, tornou-se um conglomerado com mais de 30 parques industriais em todo o planeta, atuando nos ramos de eletrônicos, energias renováveis e transporte ferroviário.
Sua subsidiária mais famosa, a BYD Auto, começou em 2003, fazendo a transição dos veículos a combustão para os híbridos e elétricos. Produz carros de passeio, utilitários leves, ônibus e caminhões.