Um relatório de avaliação financeira da marca representa uma série de aspectos positivos para uma empresa. E a perspectiva de bons negócios.

Victor Trujillo*

trujillo@ipeso.com.br

O renomado professor de Harvard, Michael E. Porter, considerado o papa da Estratégia Empresarial, imortalizado no best seller de sua autoria “Estratégia Competitiva” (1980) caracterizou o Poder de Barganha como uma das forças competitivas que moldam a estratégia de uma empresa.

Na prática, o Poder de Barganha se traduz em vantagens nas negociações com fornecedores e clientes. O porte de uma empresa geralmente interfere no poder de barganha, seja pela capacidade financeira, volume e participação de mercado, seja pela reputação e imagem perante os Stakeholders.

O porte de uma empresa é definido pela soma de todos os seus ativos e é relativo ao tamanho do mercado.

Uma vez que o Brand Valuation revela o valor financeiro de um ativo intangível (a marca), separadamente de todos os ativos da empresa, este valor pode ter impacto na caracterização do porte de uma empresa e, portanto, elevar o poder de barganha da empresa proprietária da marca.

Além do prestígio e de mostrar a força da marca, o Brand Valuation também sinaliza de forma inequívoca o potencial de expansão da marca.

Afinal, marcas valiosas atraem investimentos, admitem licenciamentos e – principalmente – o franqueamento. Faz todo o sentido cobrar Royalties pelo uso de uma marca que vale milhões.

Marcas valiosas atraem investimentos, admitem licenciamentos e – principalmente – o franqueamento.

O Brand Valuation também é uma forma de defender a marca e seu trade-dress, caracterizando com celeridade, partindo do valor financeiro objetivo, prejuízos inerentes a eventual uso não autorizado da marca.

O Brand Image de uma uma marca é definido pelo conjunto de características fortemente associadas a ela, na percepção dos Stakeholders.

Sendo assim, é lícito reconhecer que a divulgação do Brand Valuation poderá trazer ganhos de imagem resultantes de maior admiração pela marca.

E isto pode, inclusive, gerar repercussão na atração de talentos já que o prestígio da empresa empregadora é um dos componentes da remuneração não financeira que os talentos levam em consideração na hora de escolher onde trabalhar.

* Victor Trujillo é CEO do IPESO